Professores da Universidade de Brasília entram em greve
15/04/2024
Desde 11 de março, servidores técnico-administrativos da universidade estão em greve; veja quais serviços essenciais serão mantidos. MEC diz que 'busca alternativas de valorização dos servidores da educação'. Professores durante assembleia convocada pela Adunb na UnB
Divulgação/Comunicação Adunb
Os professores da Universidade de Brasília (UnB) entraram em greve, nesta segunda-feira (15), por tempo indeterminado. Os servidores técnico-administrativos da universidade estão paralisados desde o dia 11 de março.
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Procurado g1, o Ministério da Educação (MEC) disse que "vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias". (veja detalhes mais abaixo)
Segundo a administração da UnB, entre os serviços essenciais definidos em comum acordo entre a Reitoria e o comando de greve, serão mantidos:
Pagamento (incluindo folha de pagamento, bolsas, benefícios e auxílios, e repasses às empresas prestadoras de serviços, dentre outros inadiáveis);
Segurança patrimonial;
Laboratórios de pesquisa que tratem de alimentação e o bem-estar de animais, plantas e culturas, e manutenção de criogenia;
Arrecadação de receita da Universidade;
Continuidade dos programas de assistência estudantil e demais processos seletivos iniciados antes do início da greve, incluindo a conclusão do registro de novos(as) alunos(as) de pós-graduação;
Atendimentos psicológicos críticos em acompanhamento no CAEP e DASU; Comissão de PGD;
Manutenção elétrica, hidráulica e estrutural de caráter emergencial; e suporte aos discentes PcD.
"A UnB reitera seu compromisso com a educação pública de qualidade e tem a expectativa de que as negociações entre o governo federal e as categorias em greve sejam bem-sucedidas, no menor tempo possível", informou a universidade.
Nesta segunda (15), às 9h, o Comando Local de Greve dos Docentes realiza um encontro para definir as próximas agendas e ações da mobilização. Já na terça (16), o grupo vai se reunir com o Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), para uma assembleia conjunta.
Falta de reajustes
Professores da UnB votam pela greve na universidade
Fernanda Bastos/ g1
O início da greve dos docentes para esta segunda foi aprovado por 257 votos a favor e 213 contra em Assembleia Geral Extraordinária convocada pela Associação de Docentes da UnB (Adunb) no dia 8 de abril. A ação é motivada pela falta de reajustes salariais e nos auxílios alimentação, saúde e creche.
Os professores pedem, além da recomposição salarial, a equiparação dos benefícios e auxílios com os servidores do Legislativo e do Judiciário ainda em 2024 e também a revogação de atos normativos criados durante governos anteriores que impactam a carreira dos docentes (entenda abaixo).
Segundo o MEC, no ano passado, o governo federal promoveu reajuste de 9% para todos os servidores. "Equipes da pasta vêm participando da mesa nacional de negociação e das mesas específicas de técnicos e docentes instituídas pelo MGI, e da mesa setorial que trata de condições de trabalho", diz a pasta.
Reivindicações dos professores
Os professores da UnB pedem recomposição salarial com reajuste de 22,71%, divididos em três parcelas:
2024: 7,06%
2025: 7,06%
2026: 7,06%
O governo federal, por meio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), propôs um reajuste de 9% dividido em duas parcelas:
2024: sem reajuste
2025: 4,5%
2026: 4,5%
O governo também apresentou uma proposta de reajuste dos auxílios alimentação, saúde e creche que não contempla aposentados e pensionistas. O texto que o governo colocou na mesa reajusta já a partir de maio deste ano:
o auxílio alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil (alta de 51,9%)
a assistência à saúde complementar per capita média (auxílio saúde) de R$ 144 para R$ 215
a assistência pré-escolar (auxílio creche) de R$ 321 para R$ 484,90
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